Motivado por uma paixão antiga, ligada à composição, tomou a iniciativa de lançar, através da editora AQUELE ABRAÇO, o primeiro tema “Cavalinho de Baloiço”. Retrata uma versão “Quixotiana” de um apaixonado com origem num qualquer bairro de Portugal, e recria uma narrativa cinematográfica, refugiando-se no universo do velho oeste americano, para tentar declarar-se ao seu grande amor mas onde nada lhe corre bem, terminando numa paixão não concretizada.

O César assumiu a produção deste projecto em parceria com Guilherme Marinho, que trabalhou todos os arranjos da música, executados pela banda que o acompanha há muitos anos, João Rato, Jaume Pradas, Nuno Oliveira e o próprio Guilha Marinho, com a participação especial da Patrícia Antunes e Patrícia Silveira, gravado pelo reconhecido produtor/engenheiro de som João Bessa, no Miramar Sessions Studio.

O vídeo tem a assinatura da produtora Homem-Bala que, num briefing aberto, recriou a visão deste nosso personagem em formato de animação, realizado por Pedro Gonçalves. É o início de uma nova vertente artística do talentoso César Mourão, que terá mais surpresas este ano, aumentando desta forma o reportório de música original, que leva ao público na Tour “Cantado Ninguém Acredita”, por todo país.

Letra:

Fiz a mala fui-me embora
A caminho do oeste
Tracei no mapa o destino
Tal foi o feitiço que fizeste

Mesmo sem os índios e os cowboys
Sem o bom, o mau e o vilão
Só tenho um cavalo de pau
Clint Eastwood de papelão

Até já bourbon bebi
Com um revólver à cintura
Faço até um duelo por ti
Se fores minha porventura

Eu nem quero ser xerife
Nem exijo diligência
Parto já pra tiroteio
Sem objeção de consciência

Já passei o pôr do sol
Com um lenço atado ao pescoço
Pronto pra te resgatar
No meu cavalinho de baloiço

Até já bourbon bebi
Com um revólver à cintura
Faço até um duelo por ti
Se fores minha porventura

A noite caiu por fim
Cheguei tarde e a más horas
Não quis que dessem por mim
Mas fiz barulho com as esporas

Terminou assim o filme
Nem foi preciso o Sérgio Leone
Não te consegui impressionar
Nem com assobio do Morricone

Até já bourbon bebi
Com um revólver à cintura
Faço até um duelo por ti
Se fores minha porventura
Se fores minha porventura
Se fores minha porventura